domingo, 8 de maio de 2016

-Bom dia, Amigo Henrique Segurado Pavão!


Em tempos difíceis, Segurado, poeta discreto no meio da confusão, no papel de administrador do jornal O SÉCULO, onde a violência verbal, quase física, não deixava ler a poesia do administrador, que também foi, Henrique Pavão, SEGURADO PAVÃO, ilustre porque jamais deu mostras de o ser. Recordo o Homem, que nunca mais vi, a não ser aqui, quase escondido nos versos que, bem visto o passado, já lhe enchiam sorrisos. Fica a homenagem posterior à confusão que ambos vivemos num jornal assaltado pelos nadas que o 25 também teve.

Quarta-feira, 02.02.11
Post Scriptum

Por baixo das tílias
Há sombras, raízes.
Se escavarmos mais:
Palácios e casas
E lá mais fundo:
Cidades, países,
Reis, imperatrizes
E formigas de asas.

Debaixo das tílias
Crescem os jacintos,
Os bicos de lacre
Mais os flamingos.
Debaixo das tílias
Mandam os instintos.
Debaixo das tílias
É sempre domingo!

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