terça-feira, 1 de março de 2016

Viajar te(n)so


Já aqui o dei a entender (não o notei por escrito, tenho quase a certeza, que computador tem "memória filha da mãe ..."): as cidades vêem-se pelas traseiras, pelas traseiras que a documentação escrita que nos dão no "Turismo", em regra, não referem. É aí que se é assaltado, eu sei - por experiência própria. Mas é também aí que "tiram apontamentos" para eventuais escritos a haver ... Isto para, sem enganos, dizer, escrever, não sei se pela primeira vez, que o que, eventualmente, possa ser encontrado "à beira-banco" é fruto, não diria, sempre de desconfortos, mas muito na base de uma maneira de estar que passa, por exemplo, pela vontade de documentar a verdade que a fotografia anterior tenta, tentou fixar.

- Mas foi sempre tranquilo fazer assim actuar assim? ...

- NÃO: já me valeu um assalto à mão armada, com roubo violento, em Joanesburgo, acabado de chegar para uma volta ao Mundo, que me mobilizaria durante três meses - a fazer, por exemplo (amáveis), dos da TAP a "mala diplomática" do que ia adquirindo e não era transportável, de país para país, de cidade para cidade, ao longo de cerca de 90 dias a "ver mundo" e a juntar papéis e "recuerdos" que a bagagem de mão não suportava... ("Obrigado, TAP!"). 

Fazia assim: entregava no escritório da nossa transportadora aérea o que era impensável andar comigo e minha mulher, em Lisboa, ía aos "achados e perdidos" respectivos e "levantava-o" no ... no aeroporto da Portela. Onde o pessoal, além de prestável, sempre se revelou sorridente e compreensivo.

 Viajar, de resto, não é "armazenar prendas para a família e amigos": é trazer VIDA e histórias para contar e encher livros ... apontamentos, "blogues", que muitos prefeririam recheados de política ... Do contra, de preferência (vão aos "achados e perdidos" - que deve haver por lá muita coisa ... Da esquerda à direita dos balcões de atendimento...). Chegada, quiçá, de uma Coreia do Norte, de uma Angola, do sul de Itália, de uma Nova Iorque à noite, que sei eu?!... Do Mundo-susto em que vivemos hoje.


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