sábado, 23 de janeiro de 2016

Os chulos da disponibilidade alheia

Não, não há nenhum lapso no título desta mensagem. Muito pelo contrário, ela nasce das inevitáveis conversas com os frequentadores deste (e doutros, crê-se) banco: O MUNDO, O QUOTIDIANO HUMANO ESTÁ CHEIO DE CHULOS - CHULOS DE TUDO: do trabalho do vizinho, do produto do trabalho do vizinho, das ideias do vizinho, dos proventos amealhados pelo vizinho, da disponibilidade do vizinho. Da imaginação alheia.

Copia-se, mas não se citam as eventuais origens do citado; decalca-se como quem desenha um original. A humildade é uma palavra proibida entre muitos escritores, entre muitos desenhadores, entre muitos ditos profissionais de tudo ...

E assim vamos, enchendo o mundo, as prateleiras, as estantes, as livrarias, as galerias com cópias de cópias, de cópias mil vezes copiadas.

Mas há excepções. Que nascem da rebeldia mental dos verdadeiros criadores que, olham à volta e observam o, eventualmente, não observado - e acrescentam mesmo.Para que o mundo não se mace e sinta vontade de, em tudo, partir do zero - ou quase: CRIAR. Ou TRANSFORMAR, se nada for possível criar.

O importante é, finalmente, que o feito seja genuíno, autêntico - para que o mundo não finja que anda ... Mas ande. Vendo o não visto. Fazendo o por fazer. Acrescentado. Sem preguiça.

Ler para aprender a criar. Ver para aprender a ser. Ir, se possível, sempre além do GOSTO que os consumistas aconselham.

No fundo, mais do que aplaudir, FAZER, ACRESCENTAR. Ou copiar, mas assinalar o propósito, para que, ao menos, a honestidade transpareça.

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