terça-feira, 12 de janeiro de 2016

MACAU: Só o Instituto Cultural pode salvar o Hotel Estoril


by Ponto Final

Apresentados os resultados das auscultações à população, ficou a saber-se que uma grande maioria dos residentes está de acordo com a reconstrução da unidade hoteleira. No local onde se encontra o hotel, deve nascer um centro de actividades culturais e criativas para jovens.
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"O Hotel Estoril deu ontem mais um passo rumo ao desaparecimento. Numa recolha de opiniões encomendada pelo Governo e cujos resultados foram divulgados ontem, ficou a saber-se que quase 70 por cento das pessoas estava de acordo com a “reconstrução do antigo Hotel Estoril e da piscina municipal”. O destino do edifício está agora nas mãos do Instituto Cultural (IC) que, teoricamente, ainda poderá recomendar a inclusão do antigo complexo hoteleiro na lista de património da cidade.
“Vamos ter de apurar, junto do Instituto Cultural se há ou não necessidade de iniciar um processo de classificação do edifício”, admitiu Kenny Ip, chefe do gabinete do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, em conferência de imprensa realizada ontem.
“O IC vai convidar peritos e académicos a pronunciarem-se sobre a matéria. Temos de obter também o parecer das indústrias culturais. Apenas quando estiver com todos esses dados na mão é que o Governo vai tomar a decisão final”, explicou.
Se depender da população, de acordo com uma sondagem telefónica conduzida junto de cerca de duas mil pessoas, o conjunto arquitectónico que existe actualmente no local e que é composto pela piscina municipal do Tap Seac e pelo antigo Hotel Estoril bem pode desaparecer para dar lugar a outra coisa. Numa pontuação de zero a 10 relativa ao nível de concordância com esse princípio, 68,6 por cento deram seis ou mais pontos à reconstrução da estrutura (33 por cento deram pontuação máxima), 20,8 por cento deram cinco pontos (ou seja, não concordam nem discordam) e apenas 7,8 por cento manifestaram uma posição contrária à demolição.
No plano do Governo para a zona, a piscina e o antigo complexo hoteleiro deverão dar lugar a um edifício multiusos que será um centro de actividades culturais e desportivas para jovens. Nele, ficará incluído o conservatório, com escolas de música, dança e teatro, que não se encontram actualmente integradas num edifício único, uma piscina pública coberta e aquecida, entre outros. A solução sobre o destino do espaço recebeu o apoio de 74,7 por cento dos entrevistados (com 31,9 por cento a darem nota 10).
Os números apurados telefonicamente estão em linha com os resultados de outro processo de recolha de opinião que foram também referidos ontem. Neste outro estudo, foram tidas em conta opiniões recolhidas em 16 palestras (em que foram auscultados conselhos, associações e estudantes), duas sessões de esclarecimento, documentos apresentados por associações, programas de televisão e rádio e inquéritos na Internet: “Mais de 80 por cento das pessoas ouvidas mostraram-se a favor da reconstrução. Os que estão assumidamente contra são menos de 10 por cento”, referiu Angus Cheong, director de investigação da e-Research & Solutions, empresa responsável pelo estudo."

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