domingo, 18 de outubro de 2015

MACAU: O "resultado histórico" de Pereira Coutinho


by Ponto Final
1.Coutinho






José Pereira Coutinho descreve como “histórico” o resultado obtido no círculo Fora da Europa. O deputado acredita na queda a curto prazo do Governo de minoria relativa saído das legislativas portuguesas e diz-se pronto para “voltar à carga” num novo sufrágio. Se tal acontecer, Coutinho está convicto que poderá conquistar um mandato no Assembleia da República.    
"Foram 9,58 por cento dos votos da emigração para o Nós, Cidadãos!. No círculo Fora da Europa, o movimento partidário liderado por Mendo Henriques, posicionou-se como segunda força eleitoral, com uns expressivos 17,90 por cento. A responsabilidade cabe a José Pereira Coutinho, cabeça de lista por este círculo, que – a partir da China continental – reagiu ontem ao PONTO FINAL com a entoação de quem subiu ao pódio: “Foi um resultado histórico, um resultado muito importante, que nos posiciona no segundo lugar a nível mundial. Não podemos esquecer a confusão que houve com o envio de boletins de Portugal para Macau. Não podemos esquecer que nos boletins faltava Portugal na morada de destino e que as moradas estavam erradas. E o mais grave é que até hoje há centenas de pessoas recenseadas que não receberam o seu boletim”.
Embalado pela ascensão aos lugares cimeiros de uma circunscrição eleitoral desde sempre dominada pelos partidos do arco da governação - Partido Social Democrata (PSD) e Partido Socialista (PS) - Pereira Coutinho pensa já num regresso às urnas, que acredita poder acontecer ainda neste último trimestre do ano: “Nós acreditamos que se o Governo for abaixo dentro de dois meses, nós voltaremos à carga e vamos ganhar. O novo Executivo é minoritário, não se sabe se vai durar. Se houver eleições, vamos trabalhar para conseguir um resultado melhor. Mas tudo depende de os boletins de voto chegarem a tempo”.
O deputado à Assembleia Legislativa retoma a demanda pelo voto presencial que, no seu entender, acentua o vínculo ao país de origem. “Nós somos contra o voto por correspondência, tem que ser presencial, para mostrar o amor à pátria. As distâncias não são distâncias quando o amor à pátria é mais forte. Este acto eleitoral fez com que centenas e centenas de pessoas tivessem perdido o direito de votar. E há uma unanimidade entre essas pessoas de que o voto deve ser presencial e exercido nos Consulados”.
Mais uma vez, o deputado reitera a suspeita face ao modo como decorreu o processo eleitoral. “Penso que houve uma grande batotice no envio atrasado dos boletins de voto. Estragou a imagem de Portugal no estrangeiro. É uma vergonha para as comunidades e para os representantes de Portugal nos países estrangeiros”. E como responde Pereira Coutinho à afirmação do deputado socialista Paulo Pisco, agora reeleito pelo círculo Europa, de que o processo eleitoral dos emigrantes deveria ser investigado, com base numa alegada votação “atípica” na mesa 16 de apuramento de votos de Macau, em que o Nós obteve 1.237 votos, contra os 57 da coligação Portugal à Frente e os 41 do PS? “A Comissão Nacional de Eleições (CNE) é soberana e validou os votos. Não tenho nenhum comentário a fazer sobre essa questão. Nós confiamos nos membros das mesas da assembleia de voto”, alega Pereira Coutinho." S.G.    

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