quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Foto de jardim - "à la minute"

Uma verdade de La Palice: ás vezes, estou no que escrevo, mas, não se enganem, nem sempre. Às vezes, sinto-me tomado pela fantasia e sou, interpreto, imagino-me a interpretar, a criança que já não sou; outras, o mais velho que espero vir a ser. Em tudo, há apenas uma constante: SOU. Não me escondo e quem, por razões várias, diz não me encontrar, MENTE: estou aqui. Não, como é natural, numa única e simples "conversa", mas ESTOU - mais palrador do que ouvinte, mas nisso o eventual defeito não é meu, é de quem não dá sinais de vida pelo meio mais simples que é a fala, a palavra.

Ninguém é obrigado a nada e muito menos a discursos grandiloquentes, fora de propósito, mas pode participar, dizer, falar (mesmo que seja analfabeto, basta que tenha ideias e diga a outro/a que as escreva ...). Uma coisa é certa, ao fim destas quase 800 "conversas" para o éter: a audiência anónima, pelo menos, coloca-me naquela posição que assumem alguns "oradores" que, na rua, em Londres, por exemplo, saltam para cima de um qualquer banco e desatam a discursar para quem passa ...

E eu, como nisso vejo poesia, inventei isto e ando por aí a dizer coisas que (milagre!) são lidas - uma mais, outras menos.

Depende: PORNOGRAFIA, ou cheiro à sua subliminar presença, é dinheiro em caixa;

POLÍTICA, depende de que aqui se disser MAL, directa ou indirectamente, que os Zés do mundo gostam "à brava" disso: eventuais ESCÂNDALOS é aplauso garantido.

Em suma, na ruadojardim7, ao fim de vai para seis anos de publicação, você conhece-me, mas, com a sua licença, eu também o conheço a você - só que não consigo ser, em Roma, sempre romano, como conviria às suas eventuais convicções políticas, culturais e/ou conjunturais.

Pode faltar-me o chamado bom gosto, mas, de certeza, não tem faltado a verdade, a MINHA VERDADE: não sou filiado em nenhum partido político, não frequento (talvez erradamente) sessões de esclarecimento, as únicas marchas que me apetecem são as dos Santos Populares, em Lisboa. Mas voto, voto, sim senhor - em quem eu quero, mas "nem às paredes confesso"... Entretanto, escrevo, escrevo de pé ou sentado - na esperança, eventualmente quixotesca, de chegar a alguém com o que digo - e que "passe a palavra", sem que eu lho peça.

Uma coisa sei: "descobri" que um banco de jardim (se fosse, então, como uns, enormes, que encontrei quase do outro lado do mundo ...) é uma "bancada parlamentar" básica, quiçá, de todas, a mais básica ... Tão básica, que se "arrisca" a deixar-me, a mim, sozinho, a "deitar as canas e a apanhar os foguetes ..."

Fique(m) bem!

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