quarta-feira, 27 de maio de 2015

Em que partido devo votar?



Em antevéspera de eleições em Portugal, por exemplo, que partido votar, se quero:

- Viver e conviver sem medos físicos e/ou psicológicos quando falo ou estou com os outros?

- Coabitar com quem entende que tudo é de todos?

- Falar com quem não foi capaz, ou não conseguiu, por razões económicas ou intelectuais, de se situar, na sociedade, intelectualmente, acima da média de que se fala?

- Dissertar acerca de Lenine, de Salazar, ou da ex-União Soviética?

- Falar da liberdade de expressão, mesmo que isso "me obrigue" a citar eventuais  corruptos ou de tal suspeitos?

- Dizer, comentar, o que ando a ler, ou o que leio normalmente?

- Referir os programas que vejo nas televisões sem que me sinta, eventualmente, censurado?

- Escrever sem condicionamentos políticos?

- Dizer mal de tudo, sem justificar o que digo com factos objectivos?

- Votar toda a vida na mesma ideia, ou "mudar de ideias"?

Do acontecido e, salvo erro, já aqui "relatado":

um dia fui a uma reunião na Câmara Municipal de Loures, perto da ruadojardim, donde vos escrevo hoje e, durante mais de uma hora, entre umas dez pessoas, fui o único que se manteve calado o tempo todo. A certa altura, "explodiu" a pergunta do, na aparência, mais à esquerda:

- Porque é que ainda não disse nada até agora?

- SOU O POVO, respondi.

E fez-se um silêncio amarelo na sala. E, sem interrupções, falei ...

E cá volto de novo, agora inquieto com o que por aí se vai dizer, antes de votar ...

Peço desculpa, mas já tenho uma ideia ... que não digo ... para que a liberdade se cumpra. Ao menos, AQUI, que, se há BASES, esta é uma delas: banco de jardim, sem olhar a quem aproveita a sombra.

- Mas quem é que te encomendou o "sermão"? - perguntar-se-á.

- Não digo. Ainda estou a pensar na pergunta em título.

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