quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Chega do Brasil, aqui ao lado também, o verso filho da mãe ...



"No gueto todos são pretos,
pretos de todas as cores.
No gueto,
Espinhos há mais que flores.
Convivem,
Sobrevivem:
Sorrisos e dores,
bem e mal,
bom e ruim,
belezas e horrores;
o digno e o vil,
sacro e mundano,
o trabalhador e o malandro,
o lar e o covil.
Onde o que falta farta!
Perversa,
Reversa fartura.
Falta quase tudo,
farta quase nada;
enfartante agrura:
Na encosta e na vala,mãe ..
na doença e na bala;
desdentados,
desletrados,
marginalizados cidadãos.
Favela.
Artista que é povo,
faz da cultura trampolim;
para a comunidade e para si:
Música, dança, literatura...
Já arteiro,
mutreteiro fingidor;
vomita o medíocre e o infame,
intenta Alcunhar de cultura popular:
Musiqueta, remelexo, garatujas...
No gueto tem gente capaz,
tem gente que faz do bom, do belo e do melhor;
tem arte de verdade,
tem talentos de valor.
Falta oportunidade,
um olhar descobridor."


Leia mais: O gueto da “cultura” e a cultura do gueto - A arte da vida. Apon HP http://www.aponarte.com.br/2015/02/o-gueto-da-cultura-e-cultura-do-gueto.html#ixzz3SEVDqgIt
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