sábado, 24 de janeiro de 2015

Transcrição eventualmente desnecessária ...

Aqui, perto do banco, que é de jardim, não há tribunas, mas há um CORETO. Vamos até lá ... Há gente a brincar ao lado de velhos "passados dos carretos..." É natural. 

"Os artigos de Mário Soares no "Diário de Notícias" não costumam ser simpáticos para o actual Presidente da República. Mas o desta manhã entra num campo inédito, quando, no sexto parágrafo, Soares escreve o seguinte: "Veio, entretanto, a ser eleito Aníbal Cavaco Silva, membro do Partido de Sá Carneiro, depois de ter sido salazarista convicto no tempo da ditadura".
A frase é surpreendente porque logo na primeira candidatura de Cavaco Silva a Belém, contra Jorge Sampaio em 1996, o período de antes do 25 de Abril foi muito esmiuçado e usado como arma de campanha, sobretudo porque Sampaio tinha um forte currículo contra o Estado Novo, quer como líder académico quer como advogado.

Nessa altura, Cavaco Silva, que não teve qualquer atividade política antes do 25 de Abril, deu várias explicações sobre o seu período estudantil e académico, tendo ficado claro que não tinha qualquer proximidade formal ou informal ao Estado Novo, mesmo no período do Marcelismo. Cavaco estava em Inglaterra a fazer o doutoramento quando foi o 25 de Abril e só começou a destacar-se na sociedade portuguesa quando faz parte, com Alfredo de Sousa, do grupo que funda a Universidade Nova de Lisboa.

Nessa campanha presidencial de 1996, que Sampaio veio a ganhar à primeira volta, o tema do passado político pré-25 de Abril de Cavaco Silva não teve grande relevo, apesar do "passado antifascista" de Jorge Sampaio ter obviamente jogado a seu favor. Cavaco foi, sobretudo, acusado de não ter passado político e de não ter posto em causa o Estado Novo, enquanto outros - como Sampaio ou Soares - lutavam pela democracia.
Posteriormente, houve notícias sobre a inscrição de Maria Cavaco Silva na JUC, o movimento da juventude católica que teve influência no combate ao Estado Novo, bem como o recordar de declarações de colegas de tropa de Cavaco Silva durante a guerra colonial em Moçambique, que o davam como crítico, embora não politizado. 
Com este artigo Mário Soares vem reabrir, quase 20 anos depois, uma polémica que, na verdade, nunca chegou a existir, que foi sempre desmentida por Cavaco Silva e nunca explorada pelos seus adversários diretos. A acusação é, sobretudo por isso, absolutamente surpreendente."


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/soares-diz-que-cavaco-foi-salazarista-convicto=f907161#ixzz3PgxG2nuA

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