domingo, 18 de maio de 2014

Anatomia das ideias (0036) - As promessas e o Zé


José Sócrates - Primeiro-Ministro

"... o Estado tem obrigação de garantir e promover (...) a afirmação livre da iniciativa e a construção individual da própria identidade.  (...) Assumimos a esfera pública como espaço fundamental para a afirmação do interesse geral e para a coesão nacional. Uma economia dinâmica e uma sociedade mais justa não dispensam serviços públicos de qualidade, nem podem prescindir de um Estado com políticas activas de crescimento, de emprego, de redução das desigualdades sociais, mas também de um Estado empenhado nas novas áreas do ambiente, da qualidade urbana e da defesa do consumidor. Só os ricos se podem permitir um Estado pobre e só os poderosos convivem bem com um Estado fraco. 

(...) quero afirmar a centralidade do conhecimento nos sistemas económicos das sociedades actuais. A mobilização das políticas da educação, da ciência e da tecnologia, ao serviço do crescimento e do emprego, é mais do que uma táctica de conjuntura - é um imperativo contemporâneo essencial. A ciência e a tecnologia não são apenas forças económicas principais, elas representam também forças propulsoras de cultura, de saber, de conhecimento. Elas são forças para uma cidadania esclarecida, que é uma condição incontornável para um Portugal moderno e desenvolvido. 

(...) afirmo o valor do cosmopolitismo como valor estruturante que nos serve de referência no plano internacional. Assumimos como indissociáveis o progresso e a paz entre as nações e a afirmação universal dos princípios da razão - da liberdade, da tolerância, dos direitos humanos, do direito internacional. É, aliás, neste entendimento que se fundou o projecto europeu de uma cidadania supranacional, capaz de superar positivamente os egoísmos nacionais. E é ainda nesta ambição cosmopolita que se continua a fundamentar o desejo de aprofundamento da União Europeia, como um dos mais importantes e cruciais projectos políticos dos nossos tempos."


Passos Coelho, após demissão de José Sócrates

"... Chegou ao fim um certo tipo de governação e um certo entendimento da relação entre o Estado e a Sociedade. A crise que hoje atravessamos mostrou o esgotamento dos modos e fez ressoar o apelo à mudança.

(...) O meu Governo será o agente dessa mudança, de uma mudança desejada pelos portugueses, (...) para isso o Governo terá de merecer todos os dias a confiança do povo português. O povo português pode contar com o seu Governo."





















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