Nem o que, em Faro, me é, pessoalmente, detestável, nem o que na cidade se me possa revelar simpático, interessa ao caso. O que conta, se se quiser, em apontamento impressionista, é que o burgo se me afigura um tanto cigano nos hábitos, e, no meio de um Algarve com história, uma terra digna de
visita -
visita, escrevi bem, que para viver NÃO! Há no Algarve recantos (outros) de maior aconchego e igual, ou melhor, sol. Faro é a dos impostos, a que manda, a que dirige, não a que faz
esquecer rendas da casa ... Portanto ... portanto, a frio, isto é, sem palavras de louvor - FARO, só faro ... Faro que tem Ria Formosa, que tem vestígios dos séculos XV e XVI, que fala de judeus e gentes que se apresentam, diria, HOJE, com ar lavado, mas ... mas que não conseguem convencer os turistas a ficar ... Faro não passa, aliás, de um nariz ... Falta-lhe, nomeadamente, coração, um coração que ame MESMO.
Mas, a sua, diria, dispersão merece uns "bonecos" ... Que, escassos, aqui ficam. Neste
ALGARVE corridinho de ponta a ponta. Que, para entusiasmar, dispensa a sua capital e, quiçá, o dinheiro desse centro de poder. Faro vive, aliás, dos seus
arredores, em toda a zona mais a sul de Portugal.
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