quarta-feira, 17 de abril de 2013

Fraternidade

Eça de Queiróz in Cartas e outros escritos





















De facto, porém, nunca entre as nações existiu, como neste declinar dos velhos regimes, tanta desconfiança, tanta malquerença, ódios tão intensos apesar de tão vagos. Não se encontram na Europa dois povos genuìnamente fraternais - e nos países cujos interesses mais se interligam, as almas permanecem separadas. O Alemão detesta o Russo. O Italiano abomina o Austríaco. O Dinamarquês execra o Alemão. E todos aborrecem o Inglês - que os despreza a todos.

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