sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Carta aberta ao Senhor Dr. Passos Coelho

Senhor Dr. Passos Coelho

Com a simplicidade de quem, quanto mais não seja, pela idade, tem o dever de a assumir, quero dizer-lhe, sem demagogia, que as dificuldades económicas que sinto à minha volta se assemelham às que vivi nos tempos difíceis de Salazar - apenas agora com a mais-valia da liberdade de expressão. E é porque ela existe que aqui, neste simples blogue, me permito dizer publicamente que, enquanto cidadão, o responsabilizo, sobretudo, pelo futuro da minha descendência, mais nova do que V. Exa., que, como muitas, quer continuar portuguesa e útil ao seu país.


E pouco mais adianto, porque breves devem ser as palavras lidas por quem precisa de tempo para pensar  Portugal. Sou descendente de uma família, igual a inúmeras, que comeu pão amassado com o seu próprio suor, mas sem dívidas. Mas este não está a ser o país de que aprendi a gostar, também no contacto com tantas e tão diversas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, que a minha vida profissional levou a conhecer de perto, mas que, agora, imagino amarguradas e a caminho de uma desilusão que lhes mata a esperança e obriga a indesejáveis comparações.


Respeitosamente, 


Marcial Alves

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