segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Noël de Arriaga - agora

Em frente, ir em frente. E dizer sim a Noël de Arriaga, se for hora de dizer sim. Dizer sim à esquerda? Sim - mas o que é isso? Dizer sim à direita? Sim - mas o que é isso? Dizer não à comodidade, com certeza. Ler Noël de Arriaga, amigo de Couto Viana, porque não?



































BATALHA de Noël de Arriaga - para no fim gritar ao espelho, sem comício, em que lado estamos.

Talvez que se te dessem de comer
Tu que tens fome nunca aceitarias:
Esmolas não compensam
Manhãs tristes e frias!

Não desejas esmolas. Eu bem sei

Que a fome que tu tens é de justiça,
Jamais duma atitude
Mecânica e postiça.

Chamam-te "comunista", mas não és,

És apenas de Cristo mais um filho.
Numa batalha que eu
Amplamente perfilho.

Porém essa batalha que precisa

De incendiar e conquistar o mundo,
Devemos entendê-la
Num sentido profundo.

E em sentido profundo, só um meio

De o mundo conquistar será capaz:
A guerra? Nunca mais!
Agora e sempre: a paz.

Mas uma paz ardente e progressiva

Na qual seja impossível haver fome,
E em que ninguém te diga
Piedosamente: - Come!

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