sábado, 8 de setembro de 2012

Atrás das grades ( 2 ) - As cores da pele











Há anos que estou aqui atrás destas grades. E se há coisa que, sentado na minha cadeira de repouso, me espicaça o bestunto são os tons da pele de quem passa. E não apenas no Verão, com as eventuais idas à praia dos que vêm sentar-se na relva ou "desfilam" a caminho dos supermercados da zona. Não! O que acontece é que, ou porque Portugal hoje é melhor do que a Guiné; ou porque Cabo Verde é agora menos apelativo do que Portugal; ou porque em Angola, por muito bem que se esteja, "há menos democracia do que na Europa" - a verdade é que a cor da pele de quem passa, em certos dias, dá a ilusão, p'ra quem aqui vive atrás das grades de uma varanda, que o que, na verdade, se verifica é que a população que circula, não sendo negra, está, em média, agora longe de ser branca - branca TIDE ou OMO. 

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